Volume 34, N° 2 - jul-dez/2014

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Rodrigo de Azeredo Grünewald e Verena Sevá Nogueira

Resumo

A noção de tradição ganha vulto a partir do Iluminismo, movimento este que, enfatizando a força da razão, valorizava o intelecto, o desenvolvimento da ciência, que, desencantando o mundo, assentou o concreto no qual o capitalismo, enfim, se assentou. A partir de tal contexto, a modernidade estabeleceu o tradicional como seu inimigo, como algo relativo ao atraso. Coube, no âmbito das ciências sociais, privilegiadamente aos antropólogos lidar com a cultura desse universo tradicional, com seus ritos performáticos, seu conjunto de bens culturais, suas religiosidades, seus modos de organização social, suas formas de expressão artística e cultural (simbólicas, enfim), suas territorialidades e sobre como muitas dessas sociedades, ou mesmo pequenas comunidades, são afetadas por frentes de expansão da sociedade capitalista, entre elas, por exemplo, contemporâneos encontros interculturais, muitos dos quais promovidos pelo turismo.

Palavras-chave: Tradição; Território, Cultura; Identidade