Sobre políticas linguísticas do Brasil e a necessidade de uma educação plurilíngue e pluricultural
Resumo
As transformações ocasionadas pela globalização trouxeram consigo discussões relevantes para as políticas educacionais e para os currículos escolares no que concerne ao ensino de línguas estrangeiras no Brasil. O crescimento do número de escolas bilíngues, voltadas sobretudo para o ensino do inglês, demonstram a prioridade que se tem atribuído a essa língua na Educação Básica. Dessa forma, no presente artigo, buscamos discutir a respeito das consequências impostas pela dominação da língua inglesa no contexto da educação brasileira, bem como traçar a importância de uma política plurilíngue e pluricultural para o ensino de línguas, observando os limites da BNCC (2017) no que diz respeito à diversidade linguística e cultural dos alunos. Como referencial teórico, apoiamo-nos no CARAP (2009), em CAPUCHO (2010), CALVET (2013), CANDELIER (2009), dentre outros. Assim, abordamos conceitos provenientes das abordagens plurais de ensino de línguas-culturas, discorrendo também acerca da necessidade de trabalharmos pelo viés do plurilinguismo para que, assim, possamos ter uma educação que promova diálogos e pontes culturais e linguísticas com o mundo.
Palavras-chave
Referências
BRASIL. Ministério da Educação. Parecer CNE/CES 492/2001: diretrizes curriculares nacionais dos cursos de Filosofia, História, Geografia, Serviço Social, Comunicação Social, Ciências Sociais, Letras, Biblioteconomia, Arquivologia e Museologia. Brasília: MEC/ CNE, 2001. Disponível em: . Acesso em: 18 out. 2021.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Base nacional comum curricular. Brasília, DF, 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/#/site/inicio. Acesso em 19 jul. 2021.
CADDÉO, S.; JAMET, M-C. L’Intercompréhension: une autre approche pour l’enseignement des langues. Hachette: Paris, 2013.
CALVET, L.-J. Mundialização, línguas e políticas: a vertente linguística da mundialização. Trad. Marcio Venício Barbosa. In: BARROS, M. L. D. J. de; BARBOSA, M. V.; ROCHEBOIS, C. B. Pesquisas em didática de línguas estrangeiras: Grandes temas. Belo Horizonte: FALE/UFMG. 2013. p. 113-129.
CANDELIER, M.; et al. (coord.). Cadre de Référence pour les Approches Plurielles des Langues et des Cultures – CARAP. Conseil de l'Europe: Áustria, 2009.
CAPUCHO, M. F. Ciência, ideologia, intervenção: a Intercompreensão para além das utopias. SynergiesEurope. n° 5. 2010, p. 101-113.
CASTELLOTTI, V. La langue maternelle en classe de langue étrangère. Clé International : Paris, 2001a.
CASTELLOTTI, V. Retour sur la formation des enseignants de langues: quelle place pour le plurilinguisme? ÉLA: Études de linguistique appliquée. Klincksieck. n° 123-124. 2001b. p. 365-372.
SILVA, R. C. da. Intercompreensão entre Línguas Românicas: Contextos, Perspectivas e Desafios. Revista de Italianística XXVI. Nº 26. 2013. p.91-103.
DOI: http://dx.doi.org/10.35572/rlr.v11i4.2602
Apontamentos
- Não há apontamentos.
Direitos autorais 2022 Revista Letras Raras

Esta obra está licenciada sob uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.
Indexadores:
Siga-nos nas redes sociais:
VISITANTES NO MUNDO DA REVISTA LETRAS RARAS: