ALGUMAS PROVOCAÇÕES SOBRE A PRÁXIS DICIONARÍSTICA DE CUNHO ESCOLAR NO ENSINO BÁSICO BRASILEIRO

PEDRO ANTONIO GOMES DE MELO

Resumo


Este artigo objetiva problematizar sobre uma tendência, ainda vigente no País, de subutilização do dicionário escolar em práticas de ensino de professores de Língua Portuguesa que atuam no Ensino Básico em suas diferentes fases e ciclos, reduzindo-o, tão somente, a um instrumento regulador de uso da língua falada e escrita. Tal ótica está arraigada a um paradigma reducionista do manuseio do texto lexicográfico na escola que percebe o dicionário escolar, apenas, com a função de apresentar significados pontuais e grafia oficial de um dado vocábulo. Como resultado dessa reflexão, indo em direção contrária a concepção de imparcialidade do dicionário, defende-se, neste artigo, a ideia de que as atividades com os dicionários escolares, no Ensino Básico brasileiro, precisam ser menos intuitivas e mais sistemáticas, realizadas, quando possível, sempre de forma crítica e reflexiva, alicerçada por uma formação (inicial e/ou continuada) que possibilite ao professor um melhor conhecimento e um aproveitamento pedagógico mais eficaz do texto lexicográfico nas aulas de Língua Portuguesa.


Palavras-chave


Dicionário Escolar. Lexicografia Pedagógica. Língua Portuguesa.

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DOI: http://dx.doi.org/10.35572/rle.v21i2.2136

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