O DESAFIO DO PROFESSOR EM ADEQUAR AS TEORIAS LINGUÍSTICAS ÀS NECESSIDADES DE ENSINO E APRENDIZAGEM DA LÍNGUA PORTUGUESA

Autores

  • Roseane Batista Feitosa NICOLAU

DOI:

https://doi.org/10.56814/lel.v5i1.1431

Resumo

No Curso de Mestrado Profissional em Língua Portuguesa, PROFLETRAS, em que atuamos, percebemos o dilema do professor diante de tanto conhecimento linguístico e de tantas abordagens para o mesmo fenômeno linguístico. Indagam esses professores durante o curso: como transformar esse conhecimento em atividades nas aulas de Língua Portuguesa? Que abordagem adotar? Com o intuito de contribuir com o professor, nesse sentido, temos realizado, a partir das colocações de Travaglia (2002, 2009) e de Antunes (2003), conjuntamente com esses alunos-professores, análises de teorias linguísticas para determinados fenômenos linguísticos.  Antes de selecioná-las para aplicação em sala de aula, consideramos que toda teoria tem suas limitações e que, por isso, às vezes, ou com frequência, precisamos de mais de uma descrição do mesmo fenômeno linguístico, para poder estudá-lo e compreendê-lo. Depois dessas análises, fazemos o exercício de aplicação dessas teorias em atividades de ensino e aprendizagem da língua, em função do ano em que professor atua. Os fenômenos linguísticos trabalhados nas atividades partem sempre de uma situação de uso da língua do aluno ou da gramática de um texto. Dessa forma, ao realizar esse trabalho, criamos atividades de reflexão sobre os fenômenos linguísticos, no sentido de ajudar o aluno na aquisição de uma competência comunicativa que vá além da que ele possui e, também, de auxiliar o professor no sentido de selecionar, em meio a tantas abordagens teóricas, a(s) mais adequada(s).

Palavras-chave: Conhecimento linguístico. Ensino e aprendizagem. Exercícios de aplicação.

Referências

ANTUNES, I. C. Aula de português: encontro e interação. 8. ed. São Paulo: Parábola, 2003.

BECHARA, I. Moderna Gramática Portuguesa. 37. ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro, Lucerna, 1999.

BAGNO, M. Gramática Pedagógica do Português Brasileiro. São Paulo: Parábola, 2011.

BAGNO, M. Não é errado falar assim. Em defesa do português brasileiro. 2. ed. São Paulo: Parábola, 2016.

BAGNO, M. Português ou Brasileiro? Um convite à pesquisa. 3. ed. São Paulo: Parábola, 2002.

CANALE, M. De la competencia comunicativa a la pedagogía comunicativa del lenguaje. In: Llobera, M. et al. Competencia comunicativa. Documentos básicos en la enseñanza de lenguas extranjeras. Madrid: Edelsa, 1995.

CASTILHO, A. Nova gramática do português brasileiro. São Paulo: Contexto, 2010.

CEREJA, W; C, T. Português Linguagens. 8º ano. 9. ed. reform. São Paulo: Saraiva, 2016.

GORSKI, E. M.; COELHO, I. L. Variação linguística e ensino de gramática. Working papers em Linguística, Florianópolis, 10 (1): 73-91, 2009.

DIAS, L. F. O conhecimento linguístico integrado ao texto: aplicações no ensino de língua materna. Conferência Oral. In: IV SIMPÓSIO NACIONAL DE LINGUAGENS E GÊNEROS TEXTUAIS. Campina Grande-PB, UFPB, 2017. (Não publicado).

HYMES, D. Acerca de la Competencia Comunicativa. In: Llobera, M. et al. Competencia comunicativa. Documentos básicos en la enseñanza de lenguas extranjeras. Madrid: Edelsa, 1995.

LOPES, C. A. A gramaticalização de a gente em português em tempo real de longa e curta duração: retenção e mudança na especificação dos traços intrínsecos. Fórum Linguístico, Florianópolis, 2003.

LOPES, C. A. O quadro dos pronomes pessoais: descompasso entre pesquisa e ensino. Matraga, v. 19, n. 30, 2012.

POSSENTI, S. Por que (não) ensinar gramática na escola. Campinas, Mercado de Letras, 2014.

PRESSANTO, I. M. P.; MORÉ, M. M. A postura reflexivo-funcionalista no ensino de língua portuguesa como língua materna: uma revisão teórica aplicada. In: ZINANI, C. J. A. (org.). Transformando o ensino de língua e literatura: análise da realidade e propostas metodológicas. Caxias do Sul, RS: EDUCS. p. 131-140, 2012.

RODRIGUES, S. G.; MELO, F. A. Ensino de gramática e da variação linguística: uma análise reflexiva da sociolinguística sobre o uso dos sintagmas nominais nós e a gente na escrita escolar. In: IV Congresso Nacional de Educação - IV CONEDU. Realizado em novembro de 2017, João Pessoa. Anais [...] João Pessoa, Realize Eventos & Editora, v. 1, 2017. Disponível em https://www.editorarealize.com.br/revistas/conedu/anais.php.

SANTANA, C. T. de; NICOLAU, R. B. F. Teorias linguísticas e práticas docentes: em prol de uma aprendizagem significativa da língua (gem). In: I Congresso Brasileiro sobre Letramentos e Dificuldades de Aprendizagem - I CONBRALE. Realizado em 24 a 26 de julho de 2017 - Campina Grande - PB pelo Mestrado Profissional em Formação de Professores (UEPB), PROFLETRAS (UEPB) e Mestrado Acadêmico em Educação (UFCG). Anais [...] Campina Grande - PB, 2017. Disponível em https://www.editorarealize.com.br/revistas/conbrale/anais.php.

SCHERRE, M. M. P. Doa-se lindos filhotes de poodle: variação linguística, mídia e preconceito. São Paulo: Parábola Editorial, 2005.

TOURINHO, C. O ensino de variação e mudança na Educação Fundamental: heterogeneidade e identidade linguística comunitária. 2017. Projeto de Pesquisa (Qualificação ao Mestrado Profissional em Língua Portuguesa) – Programa de Pós-Graduação Profissional em Letras - PROFLETRAS, Universidade Federal da Paraíba-UFPB, Campus IV, Mamanguape, 2017.

TRAVAGLIA, L. C. Gramática e interação: uma proposta para o ensino de gramática no 1º e 2º graus. 7. ed. São Paulo: Cortez, 2002.

TRAVAGLIA, L. C. Conhecimento linguístico e a elaboração de atividades de ensino/aprendizagem. In: SEMINÁRIO MUNICIPAL DE LITERATURA E LÍNGUA PORTUGUESA NO ENSINO FUNDAMENTAL: ABORDAGENS METODOLÓGICAS, 1, 2009, Uberlândia - MG. Anais [...]. Uberlândia - MGEDUFU, 01, CD-ROM, 2009.

Downloads

Publicado

2020-06-25

Edição

Seção

Artigos Científicos