AGRICULTURA FAMILIAR E SEGURANÇA ALIMENTAR EM COMUNIDADES QUILOMBOLAS DO SEMIÁRIDO ALAGOANO

Autores

  • Wilma Amâncio da Silva Universidade do Estado da Bahia - UNEB
  • Feliciano de Mira Universidade do Estado da Bahia - UNEB

DOI:

https://doi.org/10.56814/geosertoes.v1i2.55

Palavras-chave:

Agricultura familiar. Segurança Alimentar. Quilombos.

Resumo

A inovação atual da Agricultura familiar estabeleceu-se na sua relevância para proporcionar a soberania alimentar e Segurança Alimentar e Nutricional (SAN), como estratégias de saúde pública, instituições de políticas públicas, aumentando os rendimentos agrícolas e correspondendo com as necessidades mundiais de acesso ao alimento e à melhor nutrição, promovendo também a sustentabilidade ambiental. O objetivo desse estudo é investigar as bases teóricas da agricultura familiar relacionada à segurança alimentar, visto que os problemas de ao acesso ao direito à alimentação estão presentes em comunidades quilombolas de todo o país ao longo de sua história. A metodologia proposta está pautada na revisão de literatura realizada desde abril de 2015. Assim, a agricultura familiar no Brasil está em processo de evolução, cujas raízes são intimamente ligadas à produção camponesa tradicional com capacidade de fornecer adaptações às novas exigências da sociedade, mas a agricultura moderna ainda não rompeu permanentemente com as formas de produção de outrora (ALTAFIN, 2005). Entretanto, em relação a SAN, é evidente que os problemas de acesso aos alimentos destacavam-se como insuficiência de renda e desigualdade social. Mas a agricultura familiar contribui consideravelmente com a sobrevivência de muitas famílias do Semiárido de Alagoas.

Biografia do Autor

  • Feliciano de Mira, Universidade do Estado da Bahia - UNEB
    Possui doutorado em Socio-économie du Développement pela EHESS - École des Hautes Études en Sciences Sociales de Paris e doutorado em Sociologia Económica e das Organizações pelo ISEG-Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade Técnica de Lisboa. Tem Mestrado em Sistemas Socio-Organizacionais das Actividades Económicas e Pós-Gradução em Sociologia Económica, ambos pelo ISEG-Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade Técnica de Lisboa. Efectuou o Pós-Doutorado em Estudos Culturais Comparados no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (2007-2012).

Referências

ABRAMOVAY, Ricardo. Paradigmas do Capitalismo Agrário em Questão. São Paulo: HUCITEC, 1992.

______. Ricardo. Paradigmas do Capitalismo Agrário em questão. São Paulo. Anpocs, Unicamp, Hucitec, 1992. “Uma nova extensão para a agricultura familiar”. In: Seminário Nacional De Assistência Técnica e Extensão Rural. Brasília, DF, Anais, 1997, p. 29

ABRANDH. Ação Brasileira pela Nutrição e Direitos Humanos. Curso. Promovendo a legitimidade pelo direito humano à alimentação adequada. Módulo1, Brasília, nov/dez. 2006. Disponível em: http./www.abrandh.org.br/index.php? Arquivo = curso. Acesso em 04/12/2015

ALTAFIN, I. Reflexões sobre o conceito de agricultura familiar. Brasília, 2005, 18 p. Disponível em: . Acesso em abril de 2015.

ARRUTI, José Maurício. Associação Nacional de Pós Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais. (Brasil). Mocambo: Antropologia e História do Processo de Formação do Quilombola. Bauru, SP: EDUSC: ANPOCS, 2006.

BURITY, Valéria; FRANCESCHINI, Thaís; VALENTE, Flávio. O direito humano à alimentação adequada e o sistema nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. Brasília, DF: ABRANDH, 2010, p. 204.

CONSEA. Princípios e Diretrizes de uma Política de Segurança Alimentar e Nutricional. Textos de Referência da II Conferência nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. Brasília, 2004.

EMBRAPA: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. https://www.embrapa.br/ acesso em 20/12/2014.

INCRA/FAO. Perfil da Agricultura Familiar no Brasil: dossiê estatístico. Brasília, 1996.

LAMARCHE, Hugues. A agricultura familiar: comparação internacional. Tradução: Ângela Maria Naoko Tijiwa. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 1993.

MALUF, Renato S; MENEZES, Francisco; VALENTE, Flávio L. Revista Cadernos de Debate, uma publicação do núcleo e Estudos e Pesquisas em Alimentação da UNICAMP. P.66-68. Contribuições ao tema da Segurança Alimentar no Brasil, 1995.

MARTINS, José de Souza. Ímpares sociais e políticos em relação à reforma agrária e a agricultura familiar no Brasil. Santiago Chile, 2001.

MDA, Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário. Casa Civil, Pronaf: 20 anos de apoio aos agricultores familiares, 2015.

http://www.mda.gov.br/sitemda/noticias/pronaf-20-anos-de-apoio-aos-agricultores-familiaresm acesso em 20/07/2016.

MOREIRA, Herivelto; CALEFFE, Luiz Gonzaga. Metodologia da pesquisa para o professor pesquisador. 2.ed. Rio de Janeiro: Lamparina, 2008.

PICOLOTTO, Everton Lazzaretti. Os atores da Construção da categoria agricultura familiar no Brasil. Revista de Economia e Sociologia Rural. Vol. 52 sup. 1. Brasília: 2014.

SANTOS, Fábio Rodrigo. Práticas Alimentares em Ilha de Maré. Salvador, Bahia, 2008

SCHIMITT, A. TURATI, M. C. M. Pereira, C. M. C. A Atualização do Conceito de Quilombo: Identidade e território nas definições teóricas. Revista Ambiente e Sociedade ano V n°10, São Paulo-SP, 2002.

SCHNEIDER, Sérgio. Agricultura Familiar e Pluriatividade. Porto Alegre: Editora UFRGS, 2003

SCHNEIDER. Sergio; NIEDERLE, Paulo André. Agricultura Familiar e Teoria Social: A diversidade das formas familiares de produção da agricultura. Capítulo 32. In: Simpósio Internacional de Savanas Tropicais e IX Simpósio Nacional Cerrado. Planaltina, DF: Embrapa Cerrados, 2008.

SOLVODI, Andréia; CUNHA, Luiz Alexandre. Uma abordagem sobre a Agricultura Familiar, PRONAF e a modernização da Agricultura no Sudoeste do Pará na Década de 1970. Revista Eletrônica do Programa de pós-graduação em Geografia-UFPR, Curitiba,V.5.n 1.Jan/Junh.2010.

VALENTE, Flávio Luiz Schieck. Direito Humano à Alimentação: Desafios e conquistas. São Paulo: Cortez, 2002.

WANDERLEI, Maria de Nazareth Baudel. Agricultura Familiar e Campesionato: rupturas e Continuidade. Estudos Sociedade e Agricultura, Rio de Janeiro, outubro, 2003. p. 43-61.

______. O Campesionato brasileiro: Uma história de Resitência. Revista de Economia e Sociologia Rural Vol.52 supl. 1.Brasília, 2014.

______. Raízes Históricas do Campesinato Brasileiro. In: TEDESCO, João Carlos (org.). Agricultura Familiar Realidades e Perspectivas. 2a. ed. Passo Fundo: EDIUPF, 1999. Cap. 1, p. 21-55.

Downloads

Publicado

31-12-2016

Como Citar

AGRICULTURA FAMILIAR E SEGURANÇA ALIMENTAR EM COMUNIDADES QUILOMBOLAS DO SEMIÁRIDO ALAGOANO. (2016). Revista GeoSertões, 1(2), 60-79. https://doi.org/10.56814/geosertoes.v1i2.55