Note on bats (Mammalia, Chiroptera) in a Restinga area of Rio Grande do Norte, Brazil

Autores

  • Fábio Soares UFBA/UFS
  • Marcela Daher Empresa de Projetos Biodinâmicos (Emprobio)
  • Raul Perrelli Empresa de Projetos Biodinâmicos (Emprobio)
  • José Armando Torres Moreno Empresa de Projetos Biodinâmicos (Emprobio)
  • Stephen Ferrari UFS/University of Roehampton

DOI:

https://doi.org/10.29215/pecen.v2i1.576

Resumo

Atualmente, quarenta e uma espécies de morcegos são conhecidas para as restingas do Brasil. No entanto, a maioria dos estudos sobre morcegos das restingas são limitados às regiões sul e sudeste do Brasil, deixando a região nordeste com uma lacuna de conhecimento. O presente artigo apresenta dados sobre morcegos capturados em três áreas de restinga do município de Tibau do Sul, Rio Grande do Norte, levantados a partir de uma amostragem de curta duração. Redes de neblina para captura de morcegos foram armadas próximas ao solo e sobre o corpo d’água. Foram capturados 38 indivíduos de seis espécies de duas famílias: cinco Phyllostomidae e um Molossidae. O morcego Carollia perspicillata (Linnaeus, 1758) foi a espécie mais abundante. Apresentamos aqui a primeira lista de morcegos capturados em área de restinga para o Rio Grande do Norte.

Palavras chave: Molossidae, Nordeste, Novo registro, Phyllostomidae, Tibau do Sul.

Abstract: Currently, forty-one species of bats are known to occur in the restingas of Brazil. However, most studies on restingas’ bats are limited to the south and southeastern regions of Brazil, leaving the northeastern region with a gap of knowledge. The present article presents data on bats captured in three areas of restinga of the municipality of Tibau do Sul, Rio Grande do Norte, collected from a short-term sampling. Mist nets were used to capture bats near the ground and the water bodies. Were captured 38 individuals of six species and two families: five Phyllostomidae and one Molossidae. The bat Carollia perspicillata (Linnaeus, 1758) was the most abundant species. We present here the first list of bats captured in the restinga area for the Rio Grande do Norte State.

Key words: Molossidae, New record, Northeast, Phyllostomidae, Tibau do Sul.

Referências

Alvares C.A., Stape J.L., Sentelhas P.C., De Moraes J.L. & Sparovek G. (2013) Köppen's climate classification map for Brazil. Meteorologische Zeitschrift, 22: 711–728. doi: 10.1127/0941-2948/2013/0507

Alves L.A. (2008) Estrutura da comunidade de morcegos (Mammalia: Chiroptera) do Parque Estadual da Ilha do Cardoso, São Paulo, SP. Dissertação de mestrado, Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação. Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, Mato Grosso do Sul.

Araújo D.S.D. & Lacerda L.D. (1987) A natureza das restingas. Ciência Hoje, 6(32): 42–48.

Araújo J.P., Passavante J.Z.O. & Souto A.S. (2001) Behavior of the estuarine dolphin, Sotalia guianensis, at Dolphin Bay – Pipa – Rio Grande do Norte – Brazil. Tropical Oceanography, 29(2): 13–23.

Barros M.A.S. (2014) First record of Molossus molossus (Pallas, 1766) (Mammalia: Chiroptera) in the state of Rio Grande do Norte, northeastern Brazil. Check List, 10: 1520–1524. doi: 10.15560/10.6.1520

Barros M.A.S., Morais C.M.G., Figueiredo B.M.B., Moura-Júnior G.B., Ribeiro F.F.S., Pessoa D.M.A., Ito F. & Bernard E. (2017) Bats (Mammalia, Chiroptera) from the Nísia Floresta National Forest, with new records for the state of Rio Grande do Norte, northeastern Brazil. Biota Neotropica, 17: 1–8. doi: 10.1590/1676-0611-bn-2017-0351

Bergallo H.G., Martins-Hatano F., Raíces D.S.L., Ribeiro T.T.L., Alves A.G., Luz J.L., Mangolin R. & Mello M.A.R. (2004) Os mamíferos da Restinga de Jurubatiba (p. 215–230). In: Rocha C.F.D., Esteves F.A. & Scarano F.R. (Eds). Pesquisas de longa duração na Restinga de Jurubatiba – Ecologia, história natural e conservação. São Carlos: Rima Editora. 376 p.

Bernard E., Aguiar L.M.S. & Machado R.B. (2011) Discovering the Brazilian bat fauna: a task for two centuries? Mammal Review, 41(1): 23–39. doi: 10.1111/j.1365-2907.2010.00164.x

Carvalho F., Zocche J.J. & Mendonça R.A. (2009) Morcegos (Mammalia, Chiroptera) em restinga no município de Jaguaruna, sul de Santa Catarina, Brasil. Biotemas, 22 (3): 193–201. doi: 10.5007/2175-7925.2009v22n3p193

CEPF - Critical Ecosystem Partnership Fund (2007) Avaliação de Cinco Anos de Investimento do CEPF no Hotspot de Biodiversidade da Mata Atlântica. Relatório Especial. Arlington, USA: Conservation International. 80 p.

Cerqueira R. (2000) Biogeografia de restingas (p. 65–76). In: Esteves F.A. & Lacerda L.D. (Eds). Ecologia de restingas e lagoas costeiras. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro. 394 p.

Cerqueira R., Fernandez F.A.S. & Quintela M.F.S. (1990) Mamíferos da Restinga de Barra de Maricá, Rio de Janeiro. Papéis Avulsos de Zoologia, 37(9): 141–157.

Ciechanowski M. (2002) Community structure and activity of bats (Chiroptera) over different water bodies. Mammalian Biology, 67: 276–285. doi: 10.1078/1616-5047-00042

Cordero-Schmidt E., Barbier E., Vargas-Mena J.C., Oliveira P.P., Santos F.A.R., Medellín R.A., Herrera B.R. & Venticinque E.M. (2017) Natural History of the Caatinga Endemic Vieira's Flower Bat. Acta Chiropterologica, 19: 399–408. doi: 10.3161/15081109ACC2017.19.2.016

Esbérard C. & Daemon C. (1999) Um novo método para marcação de morcegos. Chiroptera Neotropical, 5(1): 116–117.

Feijó A.J. & Nunes H.N. (2010) Primeiro registro de Myotis nigricans (Schinz, 1821) para o estado do Rio Grande do Norte, nordeste do Brasil. Chiroptera Neotropical, 16(1): 531–534.

Fenton M.B., Acharya L., Audet D., Hickey M.B.C., Merriman C., Obrist M.K., Syme D.M. & Adkins B. (1992) Phyllostomid bats (Chiroptera: Phyllostomidae) as indicators of habitat disruption in the Neotropics. Biotropica, 24: 440–446. doi: 10.2307/2388615

Ferreira R.L., Prous X., Bernardi L.F.O. & Souza-Silva M. (2010) Fauna subterrânea do estado do Rio Grande do Norte: caracterização e impactos. Revista Brasileira de Espeleologia, 1(1): 25–51.

Fogaça F.N.O. & Reis N.R. (2008) Análise comparativa da quiropterofauna da restinga paranaense e adjacências (p. 87–95). In: Reis N.R., Peracchi A.L. & Santos G.A.S.D. (Eds). Ecologia de morcegos. Londrina: Technical Books. 148 p.

Garcia A.C.L., Leal E.S.B., Rohde C., Carvalho-Neto F.G. & Montes M.A. (2014) The bats of northeastern Brazil: a panorama. Animal Biology, 64(1): 141–150. doi: 10.1163/15707563-00002440

Gardner A.L. (2007) Mammals of South America, Volume 1, marsupials, xenarthrans, shrews, and bats. Chicago: University of Chicago Press. 669 pp. [Dated 2007; published 31 March 2008]

Gomes L.A.C., Maas A.C.S., Martins M.A., Pedrozo A.R., Araújo R.M. & Peracchi A.L. (2016) Morcegos em área de restinga de unidade de conservação no estado do Rio de Janeiro, sudeste do Brasil. Neotropical Biology and Conservation, 11(1): 31–37.

Greenhall A.M. & Paradiso J.L. (1968) Bats and bat banding. Resource publication. Bureau of Sport Fisheries and Wildlife, 72: 1–48.

Gregorin R. & Taddei V.A. (2002) Chave artificial para a identificação de Molossídeos brasileiros (Mammalia, Chiroptera). Mastozoología Neotropical, 9(1): 13–32.

Humphrey S.R. & Bonaccorso F.J. (1979) Population and community ecology (p. 409–441). In: Baker R.J., Jones Jr. J.K. & Carter D.C. (Eds). Biology of the bats of the New World family Phyllostomatidae, Part III. Special Publications, The Museum Texas Tech University, 16: 1–441.

Idema - Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (2013) Perfil do Seu Município – Tibau do Sul 2013. IDEMA, Natal.

Lim B.K., Engstrom M.D., Lee T.E., Patton J.C. & Bickham J.W. (2004) Molecular differentiation of large species of fruit-eating bats (Artibeus) and phylogenetic relationships based on the cytochrome b gene. Acta Chiropterologica, 6: 1–12. doi: 10.3161/001.006.0101

Lourenço E.C., Costa L.M., Luz J.L., Dias R.M. & Esbérard C.E.L. (2010) Morcegos em manguezal – análise de uma assembléia e compilação de dados disponíveis no Brasil (p. 173–187). In: Pessoa L.M., Tavares W.C. & Siciliano W.C. (Eds). Mamíferos de restingas e manguezais do Brasil. Rio de Janeiro: Sociedade Brasileira de Mastozoologia. 282 p.

Luz J.L., Mangolin R., Esbérard C.E.L. & Bergallo H.G. (2011) Morcegos (Chiroptera) capturados em lagoas do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, Rio de Janeiro, Brasil. Biota Neotropica, 11(4): 1–9. doi: 10.1590/S1676-06032011000400016

Luz J.L., Costa L.M., Lourenço E.C., Gomes L.A.C. & Esbérard C.E.L. (2009) Bats from the restinga of Praia das Neves, state of Espírito Santo, Southeastern Brazil. Check List, 5(2): 364–369. doi: 10.15560/5.2.364

Martins A.C.M., Bernard E. & Gregorin R. (2006) Inventários biológicos rápidos de morcegos (Mammalia, Chiroptera) em três unidades de conservação do Amapá, Brasil. Revista Brasileira de Zoologia, 23(4): 1175–1184.

Nogueira M.R., Mazurec A.P. & Peracchi A.L. (2010) Morcegos em restingas: lista anotada e dados adicionais para o Norte Fluminense, sudeste do Brasil (Mammalia, Chiroptera) (p. 1–19). In: Pessôa L.M., Tavares W.C. & Siciliano S. (Eds). Mamíferos das Restingas e Manguezais do Brasil. Rio de Janeiro: Sociedade Brasileira de Mastozoologia. 282 p.

Nowak R.M. (1994) Walker’s bats of the world. Baltimore: The Johns Hopkins University Press. 287 p.

Oprea M. (2006) Aspectos ecológicos de morcegos de restingas. Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal. Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, Espírito Santo.

Oprea M., Esbérard C.E.L., Vieira T.B., Mendes P., Pimenta V.T., Brito D. & Ditchfield A.D. (2009) Bat community species richness and composition in a restinga protected area in Southeastern Brazil. Brazilian Journal Biology, 69(4): 1073–1079. doi: 10.1590/S1519-69842009000500010

Rocha P.A., Ruiz-Esparza J., Beltrão-Mendes R., Moura V.S., Albuquerque N., Terra R.F.C., Mendonca L.M.C., Silvestre S.M. & Ferrari S.F. (2017) Rapid surveys as a key tool for the inventory of the bat fauna of Brazil: new records for the coastal restinga. Neotropical Biology and Conservation, 12: 91–99. doi: 10.4013/nbc.2017.122.02

Sikes R.S. & Gannon W.L. (2011) The Animal Care and Use Committee of the American Society of Mammalogists. Guidelines of the American Society of Mammalogists for the Use of Wild Mammals in Research. Journal of Mammalogy, 92: 235–253.

Silva L.A.M. & Marinho-Filho J. (2010) Novos registros de morcegos (Mammalia Chiroptera) na Caatinga de Pernambuco, Nordeste do Brasil. Revista Nordestina de Zoologia, 4: 76–84.

Simmons N.B. (2005) Order Chiroptera (p. 312–529). In: Wilson D.E. & Reeder D.M (Eds). Mammal species of the world: a taxonomic and geographic reference. Volume 1. Baltimore, MD: Johns Hopkins University Press. 2142 p.

Straube F.C. & Bianconi G.V. (2002) Sobre a grandeza e a unidade utilizada para estimar esforço de captura com utilização de redes-de-neblina. Chiroptera Neotropical, 8(1-2): 150–152.

Vargas-Mena J.C., Alves-Pereira K., Barros M.A.S., Barbier E., Cordero-Schmidt E., Lima S.M.Q., Rodríguez-Herrera B. & Venticinque E.M. (2018) The bats of Rio Grande do Norte state, northeastern Brazil. Biota Neotropica, 18(2): 1–13. doi: 10.1590/1676-0611-bn-2017-0417

Downloads

Publicado

06-06-2018

Edição

Seção

CIÊNCIAS BIOLÓGICAS / BIOLOGICAL SCIENCES