Ocorrência de dentes fossilizados de tubarões em cascalhos biodetríticos na Praia dos Amores, Matinhos, Paraná, Brasil

Autores

  • Marcos de Vasconcellos Gernet Universidade Federal do Paraná, Laboratório de Ecologia Aplicada e Bioinvasões
  • Elizângela da Veiga Santos Universidade Federal do Paraná, Setor Litoral
  • Esther Valentina da Veiga de V. Gernet

DOI:

https://doi.org/10.29215/pecen.v2i2.1072

Resumo

A planície costeira do Paraná originou-se no Período Quaternário a partir de movimentos cíclicos de transgressão e regressão marinha provenientes das oscilações climáticas do Holoceno. Os sedimentos da planície costeira apresentam datação que varia do Pleistoceno Superior ao Holoceno. Ao longo do litoral paranaense, são encontrados diversos pontos que apresentam depósitos de cascalho biodetrítico, com grande acúmulo de material fossilífero, proveniente deste período geológico, dentre eles dentes de tubarão. O local escolhido para realização das coletas dos dentes fossilizados foi no banco de cascalhos localizado em frente à Ilha do Farol, situada na Praia dos Amores, município de Matinhos, Paraná. Ao todo foram encontrados 563 dentes fossilizados de tubarão, de cinco diferentes espécies pertencentes a duas famílias. Estes dados são muito importantes para melhor compreendermos esta biodiversidade pretérita.

Palavras chave: Dentes de tubarão, fósseis, Quaternário, Litoral do Paraná.

Referências

Angulo R.J., Souza M.C. de, Reimer P.J. & Sasaoka S.K. (2005) Reservoir effect of southern and southern-east Brazilian coast. Radiocarbon, 47(1): 1–7.

Antunes M.T. & Balbino A.C. (2004) Os Carcharhiniformes (Chondrichthyes, Neoselachii) da Bacia de Alvalade (Portugal). Revista Española de Paleontología, 19(1): 73–92.

Bigarella J.J., Becker R.D., Matos D.J. & Werner A. (1978) A Serra do Mar e a Porção Oriental do Estado do Paraná - Um problema de segurança ambiental e nacional. Curitiba: Secretaria de Estado do Planejamento e Associação de Defesa e Educação Ambiental. 249 p.

Boomer I., Horne D.J. & Slipper I.J. (2003) The use of ostracods in Palaeoenvironmental studies, or what can you do with an ostracod Shell. Paleontological Society Papers, 9: 1–28.

Brognon G. & Verrier G. (1958) Note sur la stratigraphie du bassin du Cuanza en Angola. Boletim da Sociedade Geológica de Portugal, 12: 61–74.

Buchmann F.S.C. & Rincón G. (1997) Fósseis de vertebrados marinhos do Pleistoceno Superior na porção sul da planície costeira do Rio Grande do Sul, Brasil. Notas Técnicas, 10: 7–16.

Cappetta H. (1970) Les Sélaciens du Miocène de la région de Montpellier. Paleovertebrata. Montpellier: Memoire extraordinaire. 139 p.

Compagno L.J.V. (1990) Alternative life-history styles of cartilaginous fishes in time and space. Environmental Biology of Fishes, 10: 33–75.

Compagno L.J.V. (2001) Sharks of the world. An annotated and illustrated catalogue of shark species known to date. Volume 2. Bullhead, mackerel and carpet sharks (Hetero-dontiformes, Lamniformes and Orectolobiformes). Roma: FAO. 269 p.

Compagno L.J.V., White W.T. & Last P.R. (2005) Description of a new species of weasel shark, Hemigaleus australiensis n. sp. (Carcharhiniformes: Hemigaleidae) from Australian waters. Zootaxa, 17: 37–49.

Fulgosi F.C., Casati S., Orlandini A. & Persico D. (2009) A small fossil fish fauna, rich in Chlamydoselachus teeth, from the Late Pliocene of Tuscany (Siena, central Italy). Cainozoic Research, 6: 3–23.

Leavesley M.G. (2007) A shark-tooth ornament from Pleistocene Sahul. Antiquity, 81: 308–315.

Lessa G.C., Angulo R.J., Giannini P.C.F. & Araújo A.D. (2000) Stratigraphy and Holocene evolution of a regressive barrier in south Brazil. Marine Geology, 165(1–4): 87–108.

Downloads

Publicado

28-12-2018

Edição

Seção

CIÊNCIAS DA TERRA / EARTH SCIENCES