Sistema de manejo em minijardim clonal de Myracrodruon urundeuva Allemão

Autores

  • Servio Tulio Pereira Justino UFCG-Patos-PB
  • Eder Ferreira Arriel UFCG-Patos-PB
  • Daniele Aparecida Alvarenga Arriel UFMT - Campus de Cuaibá - MT
  • Yasmim Yathiara Gomes Araujo Morais UFCG-Patos-PB
  • Anderlon Arrais de Moraes Monte UFCG-Patos-PB
  • Samara Paulo dos Santos Fernandes

DOI:

https://doi.org/10.30969/acsa.v13i3.910

Palavras-chave:

Minijardim clonal, espécie ameaçada de extinção, silvicultura clonal

Resumo

Myracrodruon urundeuva Allemão, conhecida vulgarmente como aroeira do sertão, é uma espécie propagada geralmente por meio de sementes. No entanto, quando armazenadas, perdem rapidamente o poder germinativo. Uma das alternativas para atenuar este problema é o uso da técnica de clonagem denominada miniestaquia. O objetivo deste trabalho foi avaliar minicepas de Myracrodruon urundeuva de origem seminal submetidas a diferentes alturas de decepa (15, 30 e 45 cm), a eficiência do uso de AIB na miniestaquia (concentrações 1,0; 2,0 e 3,0 g L-1 de AIB) e a sobrevivência de miniestacas de diferentes comprimentos (5,0 cm; 8,0 cm e 11,0 cm).  O experimento foi conduzido no viveiro Florestal da Universidade Federal de Campina Grande, campus Patos-PB. Foram coletados dados referentes ao diâmetro basal (mm), sobrevivência de minicepas e capacidade produtiva de miniestacas/minicepa. Para avaliar as concentrações de AIB e comprimento de miniestacas utilizou-se a variável número de miniestacas vivas. Foi constatada uma sobrevivência de 100% de minicepas de Myracrodruon urundeuva, aos 282 dias após a semeadura. Houve diferenças significativas entre as alturas de decepa, sendo a decepa da muda aos 15 e 30 cm, com as maiores produtividades (1,8 e 2,3 miniestacas/minicepa, respectivamente). A decepa das mudas aos 45 cm de altura proporcionou um diâmetro de minicepas superior à decepa realizada nas demais alturas (P < 0,05).  A miniestaca com 5,0 cm de comprimento foi superior aos demais tratamentos, proporcionando uma sobrevivência de 53,8% (P < 0,05). As doses de AIB não teve efeito significativo na sobrevivência de miniestacas (P > 0,05).

Biografia do Autor

  • Servio Tulio Pereira Justino, UFCG-Patos-PB
    UAEF/UFCG/CAMPUS de Patos-PB.
  • Eder Ferreira Arriel, UFCG-Patos-PB
    UAEF/UFCG/CAMPUS de Patos-PB.
  • Daniele Aparecida Alvarenga Arriel, UFMT - Campus de Cuaibá - MT
    Faculdade de Engenharia Florestal/FENFUFMT - MT

  • Yasmim Yathiara Gomes Araujo Morais, UFCG-Patos-PB
    UAEF/UFCG/CAMPUS de Patos-PB.
  • Anderlon Arrais de Moraes Monte, UFCG-Patos-PB
    UAEF/UFCG/CAMPUS de Patos-PB.

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Publicado

2017-09-13

Edição

Seção

Original Articles / Artigos de Pesquisa