Análise florística-fitossociológica e potencial madeireiro em área de caatinga submetida a manejo florestal

Autores

  • William de Sousa Santos UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE, CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL.
  • Ikallo George Nunes Henriques UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE, CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL.
  • Wellington de Sousa Santos UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE, CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL.
  • Gabriela Gomes Ramos UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE, CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL.
  • Géssica dos Santos Vasconcelos UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE, CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL.
  • Alexandro Dias Martins Vasconcelos UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE, CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL.

DOI:

https://doi.org/10.30969/acsa.v13i3.882

Palavras-chave:

INVENTÁRIO FLORESTAL, ÁREA BASAL, PRODUÇÃO MADEIREIRA

Resumo

A vegetação do bioma Caatinga é composta por espécies herbáceas, lenhosas, cactáceas e bromeliáceas. A distribuição espacial das espécies está relacionada, principalmente com os regimes pluviométricos, relevo, tipos de solo e as intensidades das ações antrópicas. Este trabalho teve como objetivo conhecer a diversidade florística-fitossociológica e a produção madeireira de uma área de caatinga destinada ao Manejo Florestal Sustentável. Realizou-se o inventário florestal por meio da Amostragem Aleatória Simples, instalando-se 6 unidades amostrais de 20 x 20 m. Avaliou-se os parâmetros fitossociológicos da estrutura horizontal e vertical, a diversidade florística das espécies e a produção madeireira da área. As famílias Fabaceae e Euphorbiaceae foram as mais representativas. As três espécies de maior representação na área foram Croton sonderianus, Poincianella pyramidalis e Mimosa arenosa. O índice de diversidade de Shannon-Weaver (H’) observado para a área foi de 2,08 nats. ind-1. A área basal estimada para a área foi de 8,09 m².ha-1. O volume real estimado foi de 30,037 m³.ha-1. A diversidade de espécie foi considerada mediana, assim como o volume, se comparada com outras áreas de caatinga no Estado da Paraíba.

Biografia do Autor

  • William de Sousa Santos, UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE, CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL.
    GRADUADO EM ENGENHARIA FLORESTAL, MESTRANDO NO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FLORESTAIS.
  • Ikallo George Nunes Henriques, UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE, CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL.
    GRADUADO EM ENGENHARIA FLORESTAL, MESTRANDO NO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FLORESTAIS.
  • Wellington de Sousa Santos, UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE, CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL.
    GRADUANDO EM ENGENHARIA FLORESTAL, UNIDADE ACADÊMICA DE ENGENHARIA FLORESTAL.
  • Gabriela Gomes Ramos, UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE, CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL.
    GRADUADA EM ENGENHARIA FLORESTAL, MESTRANDA NO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FLORESTAIS.
  • Géssica dos Santos Vasconcelos, UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE, CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL.
    GRADUADA EM ENGENHARIA FLORESTAL, MESTRANDA NO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FLORESTAIS.
  • Alexandro Dias Martins Vasconcelos, UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE, CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL.
    GRADUADA EM ENGENHARIA FLORESTAL, MESTRANDA NO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FLORESTAIS.

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Publicado

2017-09-13

Edição

Seção

Original Articles / Artigos de Pesquisa