Adesivos de lignina Kraft de Eucalyptus spp.

Autores

  • Josué Teixeira Universidade Federal de Viçosa
  • Larissa Carvalho Santos Universidade Federal de Viçosa
  • Iris Araújo Silva Universidade Federal de Viçosa.
  • Vivian Silva Santos Universidade Federal de Viçosa.
  • Eduarda Marcela Algelly Costa Piau Universidade Federal de Viçosa.
  • Camila Ferreira Paixão Universidade Federal de Viçosa.
  • Sabryna Luiza Rivelli de Oliveira Universidade Federal de Viçosa.

DOI:

https://doi.org/10.30969/acsa.v16i3.1274

Palavras-chave:

Engenharia Florestal, Química, Tecnologia de Protutos Florestais, Tecnologia da Madeira

Resumo

: O aumento na produção de celulose na última década acarretou aumento da geração de licor negro, cujo principal componente é a lignina Kraft. A estrutura da lignina Kraft de eucalipto, tipo siringil, é a menos reativa ao formaldeído, devido à presença de grupos metil ligados aos carbonos 3 e 5 das unidades de fenilpropano. Apesar disto, ainda é considerada o substituto mais promissor para os compostos fenólicos não renováveis. Objetivou-se sintetizar adesivos lignina-fenol-formaldeído, caracterizar suas propriedades e avaliar a resistência ao cisalhamento na linha de cola. Para isso, utilizou-se lignina Kraft de eucalipto para sintetizar 4 adesivos (T2, T3, T4 e T5) com substituição de 25, 50, 75 e 100 % do fenol, respectivamente. Ademais, foi sintetizado adesivo testemunha, sem substituição do fenol. Foram observadas variações significativas de gel time entre todos os tratamentos, com maior valor em T1;  os valores de pH diminuiram à medida que a lignina Kraft foi adicionada aos adesivos, com o maior valor obtido para T1; os valores de teor de sólidos também foram estatisticamente diferentes entre si; na viscosidade todos os tratamentos foram estatisticamente diferentes entre-se, com aumento no valor desta propriedade conforme incrementou-se a quantidade de lignina; No teste de cisalhamento, nas condições seca e úmida, T5 e T4 apresentaram os maiores valores de resistência. Concluiu-se que os adesivos T4 e T5 possuem maior potencial para aplicação industrial.

Biografia do Autor

  • Josué Teixeira, Universidade Federal de Viçosa
    Graduando em Engenharia Florestal, Departamento de Engenharia Florestal, Universidade Federal de Viçosa.
  • Larissa Carvalho Santos, Universidade Federal de Viçosa
    Doutoranda em Ciências Florestais, Departamento de Enegnharia Florestal, Universidade Federal de Viçosa.
  • Iris Araújo Silva, Universidade Federal de Viçosa.
    Graduanda em Química, Departamento de Química, Universidade Federal de Viçosa.
  • Vivian Silva Santos, Universidade Federal de Viçosa.
    Graduanda em Engenharia Florestal, Departamento de Engenharia Florestal, Universidade Federal de Viçosa.
  • Eduarda Marcela Algelly Costa Piau, Universidade Federal de Viçosa.
    Graduanda em Engenharia Florestal, Departamento de Engenharia Florestal, Universidade Federal de Viçosa.
  • Camila Ferreira Paixão, Universidade Federal de Viçosa.
    Graduanda em Engenharia Florestal, Departamento de Engenharia Florestal, Universidade Federal de Viçosa.
  • Sabryna Luiza Rivelli de Oliveira, Universidade Federal de Viçosa.
    Graduanda em Engenharia Florestal, Departamento de Engenharia Florestal, Universidade Federal de Viçosa.

Referências

optimisation and characterisation of lignin phenol formaldehyde resin as wood adhesive. Pigment & Resin Technology, London, v. 40, n. 3, p. 169-174, 2011.

ALONSO, M. V., OLIET, M., PEREZ, J. M., ECHEVERRIA, J. Determination of curing kinetic parameters of lignin-phenol-formaldeyde resol resins by several dynamic differential scanning calorimetry methods. Thermochimica Acta, Amsterdam, v. 419, n. 4, p. 535-538, Aug. 2004. Disponível em <://WOS:000223762400021>.

AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS – ASTM. Annual book of ASTM standards: adhesives: D2339-98. Philadelphia, 2000. 600 p.

COLODETTE, Jorge Luiz; GOMIDE, José Lívio; CARVALHO, Danila Morais de. Composição química de materiais lignocelulósicos. In: COLODETTE, Jorge Luiz; GOMES, Fernando José Borges. Branqueamento de polpa celulósica: da produção da polpa marrom ao produto acabado. Viçosa: Ufv, 2015. p. 33-58.

GOUVÊA, Adriana de Fátima Gomes et al. Lignina do Licor Negro Kraft de Eucalipto: Usos, Extração e Caracterização. In: GOUVÊA, Adriana de Fátima Gomes; CARVALHO, Ana Márcia Macedo Ladeira de; CARNEIRO, Angélica de Cássia Oliveira. Extração da lignina Kraft de eucalipto e uso para energia. Curitiba: Appris, 2018. p. 15-43

HU, Lihong et al. METHODS TO IMPROVE LIGNIN’S REACTIVITY AS A PHENOL SUBSTITUTE AND AS REPLACEMENT FOR OTHER PHENOLIC COMPOUNDS: A BRIEF REVIEW. Bioresources.com, Carolina do Norte, v. 3, n. 6, p.3515-3525, maio 2011.

IBÁ INDÚSTRIA BRASILEIRA DE ÁRVORES. Relatório Anual Ibá 2020. São Paulo: Café Art, 2020. Disponível em: https://iba.org/datafiles/publicacoes/relatorios/relatorio-iba-2020.pdf. Acesso em: 10 nov. 2020.

KHAN, M. A., ASHRAF, S. M., MALHOTRA, V. P. Development and characterization of a wood adhesive using bagasse lignin. International Journal of Adhesion and Adhesives, v. 24, n. 6, p.485-493, 2004.

RINALDI, Roberto et al. Paving the Way for Lignin Valorisation: Recent Advances in Bioengineering, Biorefining and Catalysis. Angewandte Chemie International Edition, [s.l.], v. 55, n. 29, p.8164-8215, 17 jun. 2016. Wiley.

SANTOS, L. C.. Síntese e caracterização de adesivos lignina-fenol-formaldeído para madeira e derivados. Dissertação (Mestrado), UFV, Viçosa, 2016.

SOSA, I. R. H. Sistemas multiagentes para controle inteligente da caldeira de recuperação. 2007. 177 p. Tese (Doutorado em Engenharia Química) - Escola politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007.

Zhu, W., HANS, T. Precipitation of lignin from softwood black liquor: an investigation of the equilibrium and molecular properties of lignina. BioResources, Carolina do Norte, v. 1, n. 10, p.1696-1714, 2015.

Downloads

Publicado

2021-02-06

Edição

v. 16 n. 3 (2020): Edição Especial- II Simpósio Potiguar de Pós-Graduação em Ciências Florestais

Seção

Original Articles / Artigos de Pesquisa

Licença

Termo de cessão de direitos autorais da Revista Agropecuária Científica no Semiárido:

Esta é uma revista de acesso livre, onde, utiliza o termo de cessão seguindo a lei nº 9.610/1998, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais no Brasil.

Autores que publicam na Revista Agropecuária Científica no Semiárido(ACSA) concordam com os seguintes termos:O(s) autor(es) doravante designado(s) CEDENTE, por meio desta, cede e transfere, de forma gratuita, a propriedade dos direitos autorais relativos à OBRA à Revista Agropecuária Científica no Semiárido(ACSA), representada pelo CSTR/UFCG, estabelecida no Campus de Patos-PB doravante designada CESSIONÁRIA, nas condições descritas a seguir:

O CEDENTE declara que é (são) autor(es) e titular(es) da propriedade dos direitos autorais da OBRA submetida;

O CEDENTE declara que a OBRA não infringe direitos autorais e/ou outros direitos de propriedade de terceiros, que a divulgação de imagens (caso as mesmas existam) foi autorizada e que assume integral responsabilidade moral e/ou patrimonial, pelo seu conteúdo, perante terceiros;

O CEDENTE cede e transfere todos os direitos autorais relativos à OBRA à CESSIONÁRIA, especialmente os direitos de edição, de publicação, de tradução para outro idioma e de reprodução por qualquer processo ou técnica através da assinatura deste termo impresso que deverá ser submetido via correios ao endereço informado no início deste documento;

A CESSIONÁRIA passa a ser proprietária exclusiva dos direitos referentes à OBRA, sendo vedada qualquer reprodução, total ou parcial, em qualquer outro meio de divulgação, impresso ou eletrônico, sem que haja prévia autorização escrita por parte da CESSIONÁRIA.