Qualidade fisiológica de sementes de soja com mancha púrpura

Autores

  • Keilor Rosa Dorneles Universidade Federal de Pelotas
  • Anderson Eduardo Brunetto Universidade Federal de Pelotas, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Departamento de Fitossanidade, Capão do Leão, RS, Brasil.
  • Leandro José Dallagnol Universidade Federal de Pelotas, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Departamento de Fitossanidade, Capão do Leão, RS, Brasil.
  • Daniele Brandstetter Rodrigues Universidade Federal de Pelotas, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Departamento de Fitotecnia, Capão do Leão, RS, Brasil.
  • Lilian Vanussa Madruga Tunes Universidade Federal de Pelotas, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Departamento de Fitotecnia, Capão do Leão, RS, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.30969/acsa.v17i1.1251

Palavras-chave:

Cercospora sp., Glycine max L., Germinação, Sanidade de sementes

Resumo

O objetivo com essa pesquisa foi elucidar o efeito da severidade e da localização da mancha púrpura no tegumento de sementes de soja na qualidade fisiológica e no desenvolvimento inicial da plântula. Sementes da cultivar de soja M5947 IPRO foram separadas em quatro classes de severidade da mancha púrpura: classe 1 – sementes assintomáticas, classe 2 – pigmentação purpúrea na porcentagem de 0,1 a 10%, classe 3 – 10 a 50%, e classe 4 – 50 a 100%. Os tratamentos foram organizados em delineamento inteiramente casualizado. A severidade da mancha purpura na semente não influenciou os valores de condutividade elétrica e a emergência da plântula em solo. Em relação ao teste de envelhecimento acelerado, não ocorreu variação significativa entre as diferentes classes de severidade da mancha purpura, exceto pelo maior comprimento da raiz e a menor porcentagem de sementes mortas na classe 3 comparada a classe 4. Por outro lado, maior porcentagem de plântulas anormais foi observada para sementes com o sintoma da doença associado ao hilo. Sementes com mancha púrpura, independente da severidade da mancha púrpura, não sofrem perdas na sua qualidade fisiológica. Porém, quando o sintoma da doença está associado ao hilo, há maior porcentagem de plântulas anormais no teste de emergência em solo.

Biografia do Autor

  • Keilor Rosa Dorneles, Universidade Federal de Pelotas
    Doutor em Fitossanidade
  • Anderson Eduardo Brunetto, Universidade Federal de Pelotas, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Departamento de Fitossanidade, Capão do Leão, RS, Brasil.
    Doutorando em Fitossanidade
  • Leandro José Dallagnol, Universidade Federal de Pelotas, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Departamento de Fitossanidade, Capão do Leão, RS, Brasil.
    Professor adjunto no programa de Fitossanidade/UFPel
  • Daniele Brandstetter Rodrigues, Universidade Federal de Pelotas, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Departamento de Fitotecnia, Capão do Leão, RS, Brasil.
    Doutora em Ciências (Ciência e Tecnologia de Sementes) - UFPel
  • Lilian Vanussa Madruga Tunes, Universidade Federal de Pelotas, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Departamento de Fitotecnia, Capão do Leão, RS, Brasil.
    Professora no programa de Fitotecnia/UFPel

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Publicado

2021-07-19

Edição

Seção

Original Articles / Artigos de Pesquisa